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Um ato de plenitude diante do vazio: Sônia Braga, o acontecimento discursivo de Aquarius e os arquiv


Este artigo analisa o retorno de Sônia Braga em Aquarius (2016) enquanto acontecimento discursivo que atualiza a memória de sua trajetória, valendo-se do espelhamento da atriz na personagem que interpreta (Clara), dos espaços de retomada da contracultura, bem como do atual cenário político do país. Neste contexto, o intuito é analisar a emergência de Clara enquanto ruptura, atualização ou, ainda, emancipação de Sônia Braga em relação ao discurso machista que presidiu suas personagens anteriores, fazendo desse retorno não apenas uma aparição artística, mas também um ato político. Para tanto, partiremos do protesto organizado pelo elenco do filme no Festival de Cannes (2016), a fim de demonstrar como há – em Clara e em Sônia Braga, em Aquarius e no Brasil – um jogo entre o micropolítico e o macropolítico: uma resistência que preserva os lugares de memória diante das relações de força estabelecidas pelo capital.


Demonstrar-se-á, por fim, como o cinema intimista produzido por Kleber Mendonça, relacionado à banalização da violência cotidiana, apresenta formas de dizibilidade e visibilidade do Brasil, atualizando a cinematografia de interpretação do país, à esteira do Cinema Novo de Glauber Rocha. Para tanto, será adotada uma abordagem discursiva, que faz trabalhar noções de Michel Pêcheux e Michel Foucault em diálogo com a crítica cultural.


Leia o artigo completo aqui.

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